Nascido em uma família humilde na Inglaterra e posteriormente emigrado para os Estados Unidos, Colgate transformou uma pequena fábrica de sabão em uma das maiores empresas do mundo, sempre guiado por sua fé inabalável e pelo princípio bíblico de devolver a Deus parte de suas bênçãos materiais.
William Colgate (1783-1857), fundador da Colgate e conhecido por sua generosidade e prática de dízimos
Origens Humildes e a Jornada para Nova Iorque
William Colgate nasceu em 25 de janeiro de 1783 em Hollingbourne, Kent, na Inglaterra. Filho de Robert e Mary Bowles Colgate, sua família emigrou para os Estados Unidos em 1798, quando William tinha apenas 16 anos, estabelecendo-se inicialmente em uma fazenda em Hartford, Connecticut.
As dificuldades financeiras logo se tornaram uma realidade para a família Colgate. Quando a situação se tornou insustentável, o jovem William decidiu buscar oportunidades na cidade de Nova Iorque, levando consigo apenas seus pertences embrulhados em uma toalha e a bênção de seus pais.
Nova Iorque no início do século XIX, onde William Colgate iniciou sua jornada empresarial
Antes de partir, sua mãe pediu-lhe que lesse Malaquias 3:10, versículo que viria a moldar profundamente sua vida: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa. E provai-me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida.”
No caminho para Nova Iorque, William encontrou um velho amigo cristão que orou com ele e profetizou: “Alguém será brevemente o principal fabricante de sabão em Nova Iorque. Espero que seja você. Seja um homem prudente, dê seu coração a Cristo e entregue a Ele a parte que lhe pertence.”
A Fundação da Empresa e o Compromisso com os Dízimos
Ao chegar em Nova Iorque, William conseguiu emprego como aprendiz em uma fábrica de sabão. Fiel ao conselho de sua mãe e do amigo que encontrou no caminho, ele imediatamente se uniu a uma comunidade cristã local e, do primeiro salário que recebeu, separou a décima parte para entregar como dízimo.
Representação da primeira fábrica de William Colgate em Nova Iorque, fundada em 1806
Em 1806, com seu espírito empreendedor e conhecimento adquirido, William fundou sua própria empresa na Dutch Street, em Nova Iorque, dedicando-se inicialmente à venda de goma, velas e sabões de produção caseira. No ano seguinte, associou-se a Francis Smith, criando a Smith & Colgate.
Seu compromisso com os dízimos permaneceu inabalável. Quando se tornou proprietário único da empresa em 1813, após comprar a parte de Smith e associar-se ao irmão Bowles Colgate, William ordenou ao seu contador que abrisse uma conta especial chamada “Dízimo”, onde seria depositada a décima parte de todos os lucros da empresa.
“Do primeiro dinheiro que recebeu, deu a décima parte a Deus. Não muito tempo depois de achar esse emprego, tornou-se sócio do patrão, que depois de alguns anos faleceu. William ficou como único dono da fábrica.”
A empresa, então renomeada William Colgate & Co., começou a prosperar significativamente após uma inovadora campanha de divulgação em 1817, quando William anunciou seus produtos em jornais e colou cartazes pelas ruas da cidade, uma estratégia de marketing revolucionária para a época.
A Progressão dos Dízimos: De 10% a 50% dos Lucros
À medida que seus negócios prosperavam, William Colgate não se contentou em doar apenas 10% de seus lucros. Sua generosidade cresceu proporcionalmente ao sucesso de sua empresa. Ele aumentou progressivamente suas contribuições para 20%, depois 30%, e finalmente chegou a doar 50% de toda sua renda pessoal para o trabalho de Deus no mundo.
Representação da divisão progressiva dos lucros de William Colgate para obras religiosas e filantrópicas
Colgate reconhecia que Deus era o doador de tudo quanto possuía, não somente da oportunidade de crescer como empresário, mas até mesmo dos elementos que eram usados na fabricação de seus produtos. Esta visão de mordomia cristã fundamentava sua prática de dízimos.
William Colgate foi dizimista durante toda sua longa e bem-sucedida vida comercial. Ele não se contentou com 10% de seus lucros, mas deu 20%, 30% e finalmente, 50% de sua renda pessoal para o trabalho de Deus no mundo.
É importante ressaltar que Colgate não praticava o dízimo como uma forma de negociação com Deus para obter prosperidade material. Como alertado em Provérbios 30:8-9, ele buscava um equilíbrio espiritual: “Afasta de mim a falsidade e a mentira, Senhor! Não me dês nem a pobreza, nem a riqueza. Dá-me o pão que me for necessário.”
O Crescimento da Colgate e a Expansão dos Negócios
A pequena empresa de William Colgate cresceu constantemente ao longo dos anos. Em 1872, após seis anos de pesquisa com perfumes e essências, a empresa lançou seu primeiro sabonete perfumado, o Cashmere Bouquet, que permaneceu na preferência dos consumidores por aproximadamente 120 anos.
Embalagem do creme dental Colgate em tubo, introduzido em 1896
No ano seguinte, em 1873, foi lançado o produto que revolucionaria a imagem da empresa: o creme dental Colgate. Inicialmente comercializado em latas, o produto passou a ser embalado em tubos de formato semelhante aos atuais em 1896, inovação que transformou o mercado de higiene bucal.
Após a morte de William em 1857, aos 74 anos, a companhia passou a ser chamada de Colgate & Company. Seus filhos, também cristãos fiéis, continuaram a tradição de generosidade e os princípios empresariais estabelecidos pelo pai.
Sede da empresa Colgate em Nova Iorque no século XIX
Em 1928, a empresa associou-se à Palmolive Company, que se dedicava ao fabrico de sabonetes, constituindo assim a Colgate Palmolive Company. Aproveitando a notoriedade de seus produtos, especialmente a pasta dental Colgate e o sabonete Palmolive, a nova companhia expandiu significativamente suas vendas.
O Legado Filantrópico de William Colgate
O compromisso de William Colgate com a filantropia e o apoio a causas religiosas deixou um legado duradouro. Ele foi um dos principais benfeitores da educação teológica nos Estados Unidos, contribuindo generosamente para a fundação do que hoje é conhecido como Colgate University, em Hamilton, Nova Iorque.
Universidade Colgate em Hamilton, Nova Iorque, parte do legado filantrópico de William Colgate
Além de apoiar a educação, William Colgate direcionou recursos significativos para missões evangélicas, igrejas locais e organizações de caridade. Como diácono de sua igreja, ele era conhecido não apenas por sua generosidade financeira, mas também por seu serviço pessoal à comunidade.
O princípio do dízimo para Colgate não era apenas uma obrigação religiosa, mas um reconhecimento de que Deus é o verdadeiro dono de todas as posses materiais. Como ele mesmo acreditava, cada pessoa é apenas administradora temporária desses recursos durante sua vida.
“Pelo dízimo se supõe que Deus continua a ser o dono das posses materiais que são confiadas às pessoas. O título final da propriedade ou dinheiro não fica com a gente, mas com Deus.”
Este princípio de mordomia cristã guiou não apenas suas práticas de dízimo, mas também sua ética nos negócios, onde sempre priorizou a honestidade, a qualidade dos produtos e o tratamento justo de funcionários e clientes.
Lições da Vida de William Colgate para os Dias Atuais
A história de William Colgate oferece valiosas lições sobre a integração entre fé, negócios e filantropia que continuam relevantes nos dias atuais. Seu exemplo demonstra como princípios espirituais podem orientar decisões empresariais éticas e socialmente responsáveis.
Produtos atuais da Colgate-Palmolive, empresa que teve origem na visão de William Colgate
Princípios de William Colgate:
- Fidelidade nos compromissos espirituais, começando com o dízimo desde o primeiro salário
- Reconhecimento de Deus como fonte de todas as bênçãos materiais e oportunidades
- Generosidade crescente, aumentando proporcionalmente às bênçãos recebidas
- Ética nos negócios, produzindo produtos de qualidade e com preço justo
- Investimento em educação e formação de novas gerações
- Equilíbrio entre prosperidade material e responsabilidade espiritual
Aplicações Contemporâneas:
- Integração entre fé e práticas empresariais éticas
- Responsabilidade social corporativa como extensão de valores pessoais
- Filantropia estratégica com impacto duradouro
- Mordomia responsável dos recursos financeiros
- Compromisso com a qualidade e honestidade nos negócios
- Investimento em causas que promovem educação e desenvolvimento humano
O exemplo de William Colgate nos lembra que o sucesso nos negócios pode andar de mãos dadas com princípios espirituais sólidos e compromisso com o bem comum. Sua vida demonstra que a verdadeira prosperidade inclui não apenas o crescimento financeiro, mas também a generosidade e o impacto positivo na sociedade.
Conclusão: O Legado Duradouro de William Colgate
William Colgate faleceu em 25 de março de 1857, aos 74 anos, deixando um legado que transcende a empresa global que leva seu nome. Sua vida exemplifica como a fé pode moldar decisões empresariais e como a prática consistente do dízimo e da generosidade pode ter impacto duradouro.
O legado de William Colgate continua inspirando empresários e fiéis ao redor do mundo
A história de William Colgate não deve ser mal compreendida como uma fórmula simplista de prosperidade material. Como ele mesmo reconhecia, o propósito do dízimo não é negociar com Deus para obter riquezas, mas reconhecer a soberania divina sobre todos os recursos e participar de Sua obra no mundo.
Seu exemplo continua a inspirar empresários, líderes religiosos e pessoas comuns a integrarem fé e negócios de maneira ética, a praticarem a generosidade proporcional às bênçãos recebidas e a considerarem o impacto de longo prazo de suas decisões financeiras.
“Fui moço e agora sou velho. Jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência mendigando pão.” (Salmo 37:25)
Este versículo bíblico, que William Colgate valorizava, resume bem sua filosofia de vida: a confiança na provisão divina, aliada ao trabalho diligente e à generosidade consistente, produz um legado que transcende gerações.
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Perguntas Frequentes sobre William Colgate e sua Prática de Dízimos
Qual foi a porcentagem máxima que William Colgate chegou a doar de seus lucros?
William Colgate começou doando 10% de seus lucros (o dízimo tradicional), mas progressivamente aumentou essa porcentagem para 20%, 30% e finalmente 50% de sua renda pessoal para obras religiosas e filantrópicas.
A empresa Colgate-Palmolive atual mantém os princípios filantrópicos de seu fundador?
Embora a empresa atual tenha programas de responsabilidade social corporativa, ela não segue especificamente os princípios religiosos de dízimos estabelecidos por William Colgate. A empresa evoluiu significativamente desde sua fundação e passou por diversas mudanças de gestão e filosofia ao longo dos mais de 200 anos de história.
Quais instituições foram beneficiadas pelos dízimos de William Colgate?
William Colgate apoiou principalmente instituições evangélicas, agências missionárias, igrejas locais e instituições educacionais. Seu apoio mais conhecido foi para a fundação do que hoje é a Universidade Colgate em Hamilton, Nova Iorque, além de diversos seminários teológicos nos Estados Unidos.
O que motivou William Colgate a praticar o dízimo?
A motivação de William Colgate veio de sua criação em um lar cristão, do conselho de sua mãe baseado em Malaquias 3:10, e do encontro com um amigo cristão que o aconselhou a dar a Deus a parte que Lhe pertencia. Ele via o dízimo como um reconhecimento de que Deus era o verdadeiro dono de tudo que possuía. veja outros artigos aqui?
